Prestes a completar cem anos de atividades, o Grupo Stihl – com sede na Alemanha, produção em oito países (entre eles o Brasil) e atuação em 160 mercados – vive um processo de transformação para se adequar às mudanças do ambiente de negócios. No novo cenário global, os produtos movidos à bateria substituem progressivamente os à combustão em muitos mercados, a concorrência ganha novos players e o consumidor mais profissional exige, mais do que equipamentos, soluções.
Por isso, a estratégia global do grupo inclui impulso à inovação, garantia de qualidade e desenvolvimento de produtos em sintonia com as novas tendências. Umas das novidades que vão chegar ao mercado em breve é um robô cortador de grama, fabricado na Áustria e em testes no Brasil. Outras novidades são quatro novos cortadores movidos à combustão, atualmente em testes e que também serão lançados em setembro. Além disso, igualmente em setembro, entrará em operação na Romênia uma unidade fabril de produtos à bateria.
Nesta quarta-feira, 16, o vice-presidente de administração e finanças da Stihl Brasil, Cleomar Prunzel, foi o palestrante da 20ª edição do Dinner Talking | Conectando pessoas para internacionalizar negócios, no restaurante do Swan Novo Hamburgo, em que descreveu a história do grupo, que fatura € 5,33 bilhões, e anunciou novidades. O evento foi coordenado pela vice-presidente de Internacionalização da ACI, Sheila Bonne, e teve número recorde de participantes.
Abordando o processo de internacionalização da Stihl, de empresa familiar local para global, Prunzel destacou que a companhia iniciou as suas atividades em 1930, na Alemanha, exportando motosserras para os Estados Unidos e o Canadá. Hoje, está presente em 160 países. Mas, apesar de sua tradição, o grupo vislumbra o que Prunzel define como oportunidades de futuro, como a transformação digital, que impacta o mercado de trabalho e é indispensável para que as atividades internas e externas da empresa se adaptem ao atual contexto. “Não tem a ver somente com tecnologia. Tem a ver com estratégia e novas maneiras de pensar”, explicou.
Conforme ele, o acordo Bilateral entre União Europeia e Mercosul pode beneficiar as importações de máquinas, mas também vai exigir maior competitividade das empresas brasileiras. “A reforma tributária, em nossa avaliação, deve nos tornar mais competitivos e permitir que nos dediquemos a temas mais estratégicos”, disse. Pruzel também citou as oportunidades da Indústria 4.0, do E-Mobility e da utilização da inteligência artificial. “Identificamos muitas oportunidades no agronegócio, na economia circular, no desenvolvimento urbano e nas energias renováveis no Brasil”, acrescentou.
Stihl no Brasil
Operando em São Leopoldo desde 1974, a Stihl Brasil foi a primeira unidade do grupo fora da Alemanha. Produz, comercializa e exporta para 70 países, especialmente mercados emergentes. Comercializa 114 produtos, dos quais 24 são fabricados no país e 90 são importados. “Os produtos Stihl são utilizados em todos os lugares onde as pessoas cuidam e fazem a manutenção do seu entorno”, finalizou.
A unidade emprega 3 mil funcionários e abastece 5 mil pontos de vendas, entre eles lojas exclusivas da marca. No país, a empresa possui centros de distribuição em Jundiaí/SP e Benevides/PA. Em 2024, faturou R$ 3,18 bilhões e, em 2025, a receita deve superar os R$ 4 bilhões.
GRUPO STIHL
– Fundação em 1930
– Sede na Alemanha
– Fábricas em oito países
– Faturamento anual de € 5,33 bilhões
– 19 mil colaboradores
– Presente em 160 países
– 52 mil revendedores especializados
– 120 importadores
STIHL NO BRASIL
– Em operação desde 1974
– 3 mil funcionários
– 5 mil pontos de vendas
– Comercializa 114 produtos, dos 24 são fabricados no país
– Exportações para 70 países
– R$ 3,18 bilhões de faturamento em 2024
– CD em Jundiaí/SP e Benevides/PA