As potencialidades da inteligência artificial (IA) para o desenvolvimento da indústria foram o foco da agenda da missão brasileira aos Estados Unidos nesta quinta-feira (15). Integrante do grupo liderado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o presidente do Sistema FIERGS, Claudio Bier, diz que, apesar de o Rio Grande do Sul já estar avançando na aplicação de IA em segmentos como metalmecânico, calçadista, têxtil e agroindustrial, é essencial expandir o uso para outras áreas da indústria.
“Setores tradicionais já estão investindo em soluções baseadas em IA, mas o avanço dessa tecnologia depende da intensificação da colaboração entre a academia e o setor produtivo. Isso é crucial para acelerar a transformação digital no estado e permitir que a indústria gaúcha enfrente os desafios da nova economia”, explica Bier.
O grupo brasileiro, formado por representantes de federações estaduais, conheceu o Massachusetts Institute of Technology (MIT), referência global no desenvolvimento de novas tecnologias com aplicação direta na indústria. “O MIT trabalha de forma muito próxima à indústria, fomentando constantemente o empreendedorismo, a tecnologia e a inovação. Existe uma forte relação entre a pesquisa aplicada e o setor produtivo, e isso é um diferencial importante para o avanço das tecnologias no Brasil”, afirma Bier.
Pesquisa realizada pela FIERGS indica que a chamada Indústria 4.0 é uma realidade crescente no estado. A IA, em particular, tem sido um dos principais pilares dessa transformação. Entre as aplicações mais comuns estão sistemas de manutenção preditiva, análise de dados em tempo real, robótica avançada e automação inteligente de processos produtivos. “Não temos dúvidas de que, com o uso crescente da inteligência artificial, a indústria gaúcha se posiciona para enfrentar os desafios da nova economia, apostando na tecnologia como aliada para aumentar sua produtividade, sustentabilidade e capacidade de inovação”, ressalta.
O MIT conta com cerca de mil professores, 105 prêmios Nobel, 435 patentes, 3,7 mil pesquisadores e aproximadamente 12 mil alunos, sendo reconhecido mundialmente pela excelência em pesquisa, inovação e formação de profissionais altamente qualificados.
