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Com mediação de Pedro Teo, sócio da Norte Ventures, o encontro reuniu nomes com trajetórias complementares: Reinaldo Rabelo, CEO do MB | Mercado Bitcoin, e Lucas Mussi, vice-presidente da gestora global Warburg Pincus. Foto: divulgação

South Summit Brazil: Crescer ou lucrar? Líderes mostram como equilibrar os dois caminhos

No atual ciclo de investimentos, marcado por juros altos e menor apetite de risco, escalar um negócio não é mais apenas uma questão de velocidade — mas de consistência. A busca por crescimento sustentável, com rentabilidade desde as primeiras fases da operação, virou uma exigência para startups e scale-ups em todo o mundo. No South Summit Brazil 2025, realizado em Porto Alegre, o painel Scaling Smart: Balancing Growth & Profitability debateu como equilibrar expansão e eficiência em um ambiente de capital seletivo.

O foco da conversa esteve nas decisões difíceis que empreendedores e investidores precisam tomar para garantir que o crescimento não comprometa a saúde financeira da empresa — nem sua capacidade de se adaptar a ciclos de mercado.

A fala de abertura de Teo sintetizou bem o momento atual do ecossistema: “Crescer com disciplina é o tema do momento. Antes, falava-se em acelerar, agora o desafio é manter o negócio de pé sem queimar caixa.” A frase foi o ponto de partida para reflexões sobre como founders e fundos podem trabalhar juntos em estratégias mais realistas, que priorizem alocação eficiente de capital, leitura de contexto e decisões estruturadas.

Lucas Mussi reforçou que rentabilidade e crescimento não são excludentes. “Alocação de capital bem feita é o que diferencia as empresas que crescem com sustentabilidade”, afirmou. Segundo ele, líderes que entendem como direcionar tempo e recursos são capazes de expandir mesmo com restrições. “É preciso saber onde o CEO está gastando seu tempo. Não adianta estar em dez países e vinte produtos ao mesmo tempo. Isso não é eficiência.”

A trajetória do Mercado Bitcoin como modelo de eficiência

Do lado do empreendedor, Reinaldo Rabelo compartilhou uma série de aprendizados extraídos da trajetória do Mercado Bitcoin — da crise de liquidez à internacionalização. À frente da empresa desde 2018, ele assumiu a liderança em meio à queda brusca do preço do Bitcoin, que obrigou a empresa a demitir 70% da equipe. “Foi um movimento necessário para manter o negócio vivo. Sempre fomos mais camelo do que unicórnio”, destacou.

Rabelo explicou que o histórico de desconfiança do setor bancário e de fundos tradicionais em relação ao setor de criptoativos forçou a empresa a operar com geração própria de caixa desde o início. Mesmo após captar recursos relevantes em 2021, com apoio de investidores como SoftBank e G2D, o foco em eficiência continuou. “Captamos quase 300 milhões de dólares em um ano, mas o excesso de contratação desorganizou a empresa. Foi um erro que nos ensinou a priorizar.”

Esse aprendizado virou política interna. Hoje, o MB evita expandir sua equipe de forma acelerada, e aposta em tecnologia para aumentar produtividade. “Estamos usando inteligência artificial para automatizar processos e reduzir custos. Tarefas que antes levavam horas de trabalho humano agora são feitas em segundos”, afirmou. O executivo também destacou a estratégia de internacionalização com recursos próprios, como a entrada no mercado europeu a partir de uma operação em Portugal.

Priorização e disciplina como parte da cultura

Durante o painel, os participantes convergiram na ideia de que a sustentabilidade financeira precisa ser uma construção constante, com ajustes de rota conforme o mercado muda. “Crescer sem planejamento leva ao burnout da operação”, afirmou Rabelo, ao relembrar o impacto da rápida expansão após as rodadas de investimento. Ele ressaltou que priorizar projetos e controlar o ritmo de crescimento são decisões críticas para manter a organização saudável.

Para Mussi, um dos erros mais comuns entre fundadores é a resistência a mudanças. “Empresas que fizeram a virada para rentabilidade tinham CEOs que não tinham medo de tomar decisões difíceis”, disse. Ele destacou ainda que ações simples, como ajustar preços ou cortar produtos com baixo retorno, podem ter impacto direto na margem de lucro. “Já vimos empresas com produto excelente e NPS alto que estavam há três anos sem reajustar preços.”

A consistência da liderança também foi apontada como fator-chave. “Fundadores precisam se blindar dos incentivos de curto prazo e saber dizer não, mesmo com pressão do board”, afirmou Rabelo. Segundo ele, a convivência com investidores de perfis diversos exige clareza sobre o que faz sentido na realidade da empresa. “A melhor decisão precisa vir de quem conhece o negócio por dentro. O conselho traz referências, mas cabe a nós saber o que aplicar.”

A aposta do MB no ecossistema brasileiro

O MB | Mercado Bitcoin participa do South Summit Brazil por meio do MB Startups, unidade de negócios da companhia focada no ecossistema empreendedor brasileiro. Além do painel desta quarta, o MB Startups participa ainda do brunch Women in Tech, na quinta-feira (10), na Usina do Gasômetro, com o painel “O Papel da Liderança Feminina na Construção da Resiliência nas Organizações”. Já na sexta-feira (11), a participação no South Summit Brazil se encerra com o painel “Potential Applications Within Blockchain”, que discute aplicações práticas da tecnologia blockchain em diferentes setores econômicos, incluindo finanças, cadeias produtivas e ativos reais, com ênfase em regulação e modelos de negócio.


Sobre o South Summit Brazil

Ponto de encontro global entre fundos de investimento, empresas e startups, o South Summit Brazil desembarcou em Porto Alegre em 2022. Surgiu em Madrid há 12 anos e já movimentou 14 USD Bi captados pelas startups ao longo da Startup Competition. Na edição 2024, os 38 mil metros quadrados de área receberam 55 países, 3 mil startups, 800 speakers, 200 patrocinadores, 130 fundos de investimento, sendo 38 internacionais, e cerca de 900 investidores, o que movimentou USD 25 bilhões para investimento disponível para LATAM e USD 213 bilhões de fundos sob gestão. O South Summit Brazil é correalizado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul e powered by IE University. Tem como Global Partners o Banco do Brasil, a CAIXA e o Governo Federal, SEBRAE e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, cidade-sede do evento.

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Com plataformas de conteúdo e conexões que promovem a inovação, impulsionam negócios e aceleram o crescimento econômico, a Rede Brasil Inovador é Media Partner do South Summit Brazil 2025. Brasil Inovador apresenta os principais atores do ecossistema nacional de inovação, trazendo diariamente notícias sobre as startups, investidores, corporates, entidades, universidades, governo, eventos e ambientes de inovação.

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Aldo Cargnelutti

Facilitador na educação, inovação e sustentabilidade, Aldo Cargnelutti é editor de conteúdo na Rede Brasil Inovador. Estamos promovendo o ecossistema, impulsionando negócios e acelerando o crescimento. Participe!

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